Príncipe


E onde está o príncipe rebelde que tu amas?
Ele está morto, ao chão, chão frio que desnudo é mais gélido ainda.
E tu não o vê, porque?
Por que tu não o vê!

Ele morre e morre a cada dia
Será enterrado dentro desse metal ensandecido
Fingirá morrer para fazer o vento chorar
Por que ele sonha que o vento ama-o, ao menos do vento ele sente o confortar.

Ele era forte, bradava uma espada como ninguém
Agora... agora...
Todos sabem que passou e virou um só
Ele e o chão, almas gemias em vão, como dois corações, pulsantes a amar.

Ele era belo e temido
Agora... agora...
Só o resta a superficialidade da alma
E um pouco de insanidade para manter-lo vivo, em paz.

(Bruno Rodrigues)

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