Cesura de Deus

Livre como um cão amarrado,
Nessa carne de desdém que carrego.
Puramente sou feio,
Sou feio, e sei o que mereço.

Bebemos nosso próprio barro.
Arrancamos nossas próprias costelas.
Purificando nosso carma,
Que somos injustos por deixar-lo passar.

Sou transparente a minha mente,
Que de meus sonhos, me faz viver.
E dessa corrente expulsa meu semblante.

Corpo, cru, como a carne desfigurada,
Jamais vista com outros olhos, pensamentos,
Apenas o coração que carrego nos olhos, nu.

(Bruno Rodrigues)

Comentários

Postagens mais visitadas