Martírio


Mostro-te meu brinquedo
Que guardo a mercenários
Esperando que não o destroce.
Nessa segurança te deixo
Monto apenas um defeito
O meu ciúme de te amar.

Vendo com cuidado tuas mãos
Tão jovens e sem sentido para os sãos
Que te tragam te devora, te maltratam
O coração.

Esse brinquedinho tem duas chaves
Uma eu te dou, a outra eu a guardo
Caso você perca com o tempo
Estarei com ela sempre debaixo do braço

Aos meus ciúmes por trovadores
Deixo-me passar, ao longe, lá distante
E me faço conforto
Pois, guardar tamanha riqueza para os olhos
Não seria de fácil martírio, apesar de seres só uma
Existem outros mil Romeus a ti perseguir.

(Bruno Rodrigues)

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