Lágrimas a mais em um quarto a só.


Como, transpira na pele essa doce tristeza.
Que escorre dos meus olhos, olhos doloridos.
Esse sangue que em mim corre me marca,
Dizendo-me que nada sou, não sou capaz de me curar.

Minha sombra vaga mais risonha que meu coração.
Passando despercebido, me movo, me moldo, até nada resta.
Mesmo sendo o que não sou meus olhos vermelhos choram,
O amargo passar dos tempos, que não cauteriza essa dor.

Essa fuga que quero não me resta outro fim.
Sinto que deve me guiar para dentro desse tumulo,
Trancar-me de todos e de tudo,
Sofrendo apenas eu e mais ninguém.

Minhas lagrimas limpam minha alma,
Deixando-me puro como a dor que me corroem.
E meus olhos vermelhos de libertação,
Estão dando adeus a tudo, indo para solidão.

(Bruno Rodrigues)

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas