Os dois lados da carta II



-Como poderei dar adeus dizendo que o amo?

“Estou partindo pretendendo nunca mais voltar
Ir para bem longe, longe perto do mar
Encontrar nas ondas, um lugar pra ficar
E beijar o mar, como o suspiro translúcido do ar.”

É eu quero realmente ir. Estou indo para o Rio Janeiro. Lá é quente e tem tudo que eu preciso por agora, não suporto mais o frio desse lugar.

Sentirei a saudade da partida. Do seu cigarro e de suas gírias. Mais tu sabes mais que eu, que o amor é o lado certo do destino, é o lado que o esquerdo sempre alcança, mas, nunca fica.


Sempre que imagino você lendo essa pequena carta, fico desesperadamente triste.
Sempre que imagino você ficando com raiva, sinto meu espírito sendo contorcido.

Por isso não quero que sofras mais...

Dou-te adeus para jamais voltar.

Tu tens uma vida bela e consideravelmente breve. Todos gostam de ti, todos até mesmo o eu que ainda te ama. O eu que sempre esteve aqui, mas, o meu corpo não o aquenta mais e quer partir.
Estou ouvindo a musica que mais ouvi antes de te conhecer. Longe do meu lado, Legião.  Nunca esquecerei dessa trecho.
 “Te dou carinho, respeito e um afago
Mas entenda, eu não estou apaixonado
A paixão já passou em minha vida
Foi até bom mas ao final deu tudo errado
E agora carrego em mim
Uma dor triste, um coração cicatrizado”

Você sabia que eu me sentia assim. Tão sem apreço pela paixão. Ainda tu me fez te amar. Mas foi um erro e temo fazer o que tanto me fizeram, mas, tenho que te dizer.

Adeus.

Ps: O sentido das palavras podem transforma em fúria um amor translúcido.

Te amo.

(Bruno Rodrigues)

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