O Jardim Branco



É desse pranto que escorre.
Como líquido, ele transcende.
A dor passa. O ser torna-se apenas amor.

É como em um jogo,
Eu corro, corro e corro, para todos os lados
E sempre encontro meu presente divino, o nada.

Mas, insisto com medo.
Sei ainda planar como Mario,
E sei como é nunca encontrar esse alguém.

Sento-me em frente a esse jardim que chamam de vida,
Olho bem no fundo das flores, e vejo beleza em muitas.
Trago fundo meu cigarro; sei que as faço mal e me faço mal.

E como, um passo esquizofrênico de minha mente,
Tu surges ao meu lado, como o nada é. Como é o meu amor.
Desfaço-me de meu cigarro e tento te beijar, mas lembro que és efêmera, tu és como o amor.

(Bruno Rodrigues)

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